O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Natal/RN, se prepara para reativar as demandas operacionais e logísticas, o que contempla o lançamento de um foguete VS-30, previsto para novembro deste ano. O anúncio foi feito após reunião de planejamento da Operação Potiguar que contará com duas fases acompanhadas pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), subordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).
A fase I da Operação Potiguar tem como foco testar a confiabilidade dos sistemas de rastreio do CLBI, por meio do lançamento do foguete VS-30, com carga útil inerte. Esse foguete pode ultrapassar os 100 km de altitude – apogeu – e é resultado do avanço tecnológico nacional na área espacial, alcançado com os antecessores “Sonda III” e usado como um dos estágios do veículo sub-orbital, o foguete VSB-30.
Durante a fase II, programada para 2025, o DCTA visa qualificar em voo o sistema de recuperação da Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM), um projeto desenvolvido pelo IAE com apoio financeiro da Agência Espacial Brasileira (AEB). Essa última etapa permitirá que o Brasil tenha uma PSM 100% nacional, garantindo a soberania na realização de experimentos científicos em condições de microgravidade.
“A Fase I da Operação Potiguar marcará o reinício das atividades de lançamento de veículos suborbitais no CLBI, em atendimento às diretrizes do Complexo Espacial Brasileiro (CEBRA), possibilitando a abertura de mais slots para lançamentos de veículos de maior porte no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)”, afirmou o Coordenador da equipe de Mecânica, Major Engenheiro Denis Ferreira de Arruda.
Durante a reunião de setembro no CLBI, foram realizados procedimentos de segurança e cronologia, além de atividades de preparação e testes para garantir que todos os sistemas estejam prontos para o lançamento do foguete VS-30, previsto para o fim de novembro.
Paralelamente, a AEB promoveu uma reunião para coordenar a ação cívico-social planejada para a Operação. A iniciativa utilizará a carga inerte como uma cápsula do tempo, levando cartas de estudantes potiguares sobre o tema “O Brasil na Conquista do Espaço”.
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