Na manhã da segunda-feira, 4, a imprensa teve oportunidade de conhecer de perto os detalhes do Exercício Cruzeiro do Sul (Cruzex 2024), realizando na Base Aérea de Natal (BANT), entre os dias 3 e 15 de novembro, e envolvendo 16 países e cerca de 100 aeronaves.
A coletiva de imprensa contou com a presença dos representantes das forças aéreas que estão participando do exercício com aeronave e foi presidida pelo comandante da BANT e diretor da Cruzex 2024, o major-general Ricardo Guerra Rezende.
De acordo com o diretor, a realização da Cruzex é o resultado de dois anos de trabalho e planejamento de todos, sobretudo da Força Aérea Brasileira (FAB) se empenha para realizar um treinamento de alto nível com ajuda das nações participantes.
“Para o piloto o melhor avião é aquele que pilota, mas é claro que como piloto de caça é muito ver em operação um F-15 americano, assim como o Pampa argentino que eu nunca tinha visto. Não podemos esperar o mesmo despenho de aviões diferentes, mas podemos adaptar táticas aplicadas por um F-16 em um F-5. Esse tipo de troca de experiência que a Cruzex permite”, comentou.
Ele detalhou que serão 1.400 horas de voo, numa área equivalente a 370 quilômetros quadrados (km²), com previsão de 800 decolagens e cerca de 3.600 militares envolvidos.
“A Cruzex segue um modelo em que simulamos uma guerra convencional. Óbvio que adaptamos e criamos cenários para tornar real e dentro das possibilidades de cada aeronave, limitando a área de combate e a distância de acordo com alcance dos mísseis, por exemplo”, explicou Rezende.
Sobre o Gripen
O major-general da FAB não escondeu a empolgação com o novo caça brasileiro F-39 “Gripen”, que faz sua estreia na Cruzex 2024. Ele lembrou que há quinze dias o caça vem sendo usado em um treinamento prévio que contou com caças da FAB, também em Natal/RN.
“O Gripen é uma aeronave em desenvolvimento. Nos últimos quinze dias, se mostrou uma aeronave versátil e ágil, com muitas qualidades, com alto poder de combate”, afirmou.