Em 22 de maio de 1942, o voo de uma esquadrilha de aviões modelo B-25 “Mitchell” entraria para a história e colocaria a data como, o Dia da Aviação de Patrulha para a Força Aérea Brasileira (FAB), com o que é considerada a primeira ofensiva brasileira na guerra.
Ironicamente, essa afirmação de “primeira ofensiva” é questionável, pois o Brasil ainda não estava em guerra contra o Eixo, o que viria a ocorrer apenas em agosto de 1942. Outro ponto que levanta discussão é que este ataque pode ter motivado o aumento dos torpedeamentos a navios mercantes no Brasil por submarinos alemães e italianos, que agiam livremente no Atlântico Sul.
De acordo com os documentos oficiais, a FAB operava com seis aeronaves a partir da Base Aérea de Fortaleza, onde havia sido criada uma unidade de treinamento para os pilotos brasileiros para aquele tipo de equipamento, recém adquirido. Na época, nossos militares integravam um plano de defesa da América do Sul, em especial da costa do nordeste, onde já existiam base aliadas.
Em 18 de maio o navio mercante Comandante Lyra havia sido atacado por um submarino em águas territoriais brasileiras, a oitava embarcação atingida até então. O Comandante Lyra não afundou apesar de ficar danificado ao ponto de precisar ser rebocado até um porto na capital cearense.
No dia 22, uma sexta-feira, a missão foi realizada em parceria com militares norte-americanos, que reversavam entre pilotos e navegadores. Segundo o relatório, às 13h57, os tripulantes de um dos B-25 avistaram o submarino a 300 km de Fernando de Noronha, então, o comandante capitão aviador Oswaldo Pamplona iniciou o ataque ao Babarigo. Foram lançadas bombas, a 300 metros de altitude, que atingiram a embarcação italiana, que apesar de danificada, reagiu com os metralhadoras antiaéreas.
Os outros aviões da esquadrilha continuaram a ofensiva, sem êxito. O Submarino conseguiu fugir.
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